"Eu Tenho um Sonho" (em inglês: I Have a Dream) é o nome popular dado ao histórico discurso público feito pelo ativista político americano, o pastor Martin Luther King, ... realizado no dia 28 de agosto de 1963 nos degraus do Lincoln Memorial em Washington, D.C (fonte: Wickipédia).
Peguei emprestado para o título destas minhas escritas que marcam a volta de artigos no Molduras Provisórias, porque nelas falarei de um sonho...
Para que ele vire realidade a própria realidade terá que ser subvertida, contrariando a matemática e a lógica. Mas não seria sonho se não fosse assim, não é mesmo?
E tudo começará no próximo domingo, às 17h, e acontecerá em dois universos paralelos: os próximos três jogos do Palmeiras e os próximos três jogos do Internacional. O time do Paraná, o desacreditado lanterna do Campeonato Brasileiro e já rebaixado matematicamente para a série B do ano que vem, que até transferiu o jogo para Londrina, buscando um pouco mais de renda, num de seus últimos suspiros futebolísticos de 2018, mas resgatando seu passado Colorado (nasceu da fusão do clube Pinheiros com o clube Colorado) fará “o crime” contra o Palmeiras e ganhará a partida, quebrando a série invicta do Felipão e seus comandados.
Mas não podemos esquecer do universo paralelo Colorado, onde o Internacional terá que ir ao Rio de Janeiro e fazer os três pontos diante de um Botafogo que não tem mais interesses neste campeonato, mas que não pode ser ignorado enquanto time de futebol. Eu já estive num Botafogo x Internacional em que saímos vitoriosos com um valoroso 0 a 1, que serve neste caso, mas que foi no Maracanã, em 2006 (nosso mais grandioso ano!) e não no Engenhão, como neste domingo.
Continuando a saga do sonho, uma extraordinária rodada de meio de semana começa com o Internacional enfrentando o Atlético MG em terras gaúchas e que, com entrada liberada para sócios, apresentará um Beira Rio lotado e apoiando o Colorado pra cima do Galo, que talvez ainda precise de alguns pontinhos pra se garantir na Libertadores em 2019, o que resultará num placar de 2 a 1 suado, com muita luta mas de mais três pontos para nós!
Indo pro universo Palmeirense, um jogo que poderia ser fácil, mas um América ainda com chances matemáticas de escapar do rebaixamento, vai complicar pra cima do anfitrião, fazer um golzinho no início do segundo tempo e uma retranca daquelas que o próprio Felipão soube armar muitas vezes, pra confirmar o segundo degrau do meu sonho.
Depois disto tudo, a diferença entre o alviverde e o alvirrubro, que era de 5 pontos contra, passou para 1 ponto a favor do Internacional. Então os vamos à penúltima rodada, quando o Palmeiras vai até domínios portugueses, onde dará a derradeira derrocada, entregando mais três pontos ao adversário que, mesmo já tendo se livrado da ameaça da segunda divisão, fará um jogo descontraído e eficiente o suficiente para vencer e encaminhar os olhares de todos para a partida das 19h em Porto Alegre.
Num estádio dos mais lindos do Brasil, às margens do indefinido Guaíba (é um rio, um lago ou estuário?) e iluminado por um majestoso pôr do sol, acontecerá o último ato deste sonho, com um jogo carregado de nervosismo e sofrimento que só um Torcedor Colorado sabe como é. O Fluminense, tentando manter a dignidade de um clube que, mesmo sem ambições na competição, é um dos maiores do centro do país e que já esteve neste mesmo local como coadjuvante do último título nacional Colorado (Copa do Brasil em 1992), segurará o ímpeto da Esquadra Colorada e prenderá o grito de mais de 45 mil (em 92 eram 45.777) enlouquecidos Colorados. Mas como esta é a narração de um sonho, tomo a liberdade de descrever o glorioso lance: todo time vermelho no ataque quando pela direita Victor Custa recebe falta polêmica aos 38 minutos do segundo tempo (como o pênalti no Pinga em 92); muito bate boca, alguns empurrões na área com as respectivas broncas do juiz, Edenilson bate a falta na cabeça do outro zagueiro Colorado, Rodrigo Moledo, que raspa para o fundo das redes, já aos 43 minutos (como também foi a cobrança do também zagueiro Célio Silva em 92); o Caldeirão da Beira Rio vira um Vulcão Vermelho, que entra em erupção 6 minutos depois, com o apito final do juiz aos 49!
E eu estou lá, novamente (também estive em 92), comemorando um Título Nacional do Internacional e, já quase sem voz, gritando “TETRACAMPEÃO”!!!
Por um momento olho para o lado e penso em pedir para um dos meus filhos me dar um beliscão, para eu ter certeza de que não estou sonhando. Mas como sonhos são feitos para serem sonhados, volto a berrar e pular e aproveitar este momento nas nuvens...
Usar o nome da pasta onde meu avô, Hipólito Machado, arquivava os rascunhos do que ele escrevia, antes de virar livro, como título do blog, além de uma homenagem, é um lembrete (para mim) de que é possível escrever sobre qualquer coisa e, ao mesmo tempo, um indicativo (para ti) de que aqui vais encontrar os mais variados assuntos.
sábado, 17 de novembro de 2018
Eu tenho um sonho em vermelho...
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