Estou há 5 anos e Brasília e tenho presenciado ou escutado diversos episódios sobre o atendimento que as pessoas dão nas lojas, restaurantes e outros estabelecimentos de comércio e serviços. Abaixo vou relatar os dois últimos, um que aconteceu comigo e outro vivido pelo meu amigo Deivi Kuhn.
Sábado foi a festa de aniversário de 50 anos do Sindicato dos Bancários do DF, com show da banda Capital Inicial (baita show!), no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade. Como pretendia beber e estou tentando praticar os preceitos da campanha "se beber não dirija", chamei um táxi, da companhia Alvorada (que dá 30% de desconto!) para me levar até o local. Os problemas já começaram com a demora na chegada do carro (bem mais que os 10-12 minutos informados pela atendente), mas o melhor foi quando falei que o destino era o pavilhão do parque e o motorista disse: "vou deixar você no SIG, pra eu não ficar preso no congestionamento da entrada do show". Eu cheguei a ficar alguns segundos travado, em silêncio, não acreditando na fala do motorista. E ele falou sério, sem nem ao menos perguntar, de forma muito afirmativa. Quando me recuperei, tive que discordar dele e dizer que eu queria ser deixado no pavilhão, dentro do parque e, se possível na porta de entrada. Para quem não conhece, o SIG (Setor de Indústrias Gráficas) é um bairro fronteiriço ao parque e há uma passagem que faz o acesso de uma rua do SIG ao parque (que é cercado). Até não seria uma caminhada grande, mas o detalhe que agrava a questão é a chuva torrencial que estava caindo naquele momento. Então, além de não querer me deixar no local que eu queria, o motorista ainda queria me proporcionar um bom banho de chuva! Será os 30% de desconto também é aplicado ao trajeto que se tem a percorrer?
Domingo fui assistir o jogo do Inter (não tocaremos neste assunto...) na casa do Deivi, onde ele e a Sandra me contaram a história a seguir. Eles foram comer num restaurante no Guará e pediram um prato que, na minha lembrança, tinha pelo menos peixe e salada. No meio da refeição encontraram uma larva viva na comida (isto mesmo, larva e ainda viva!). Chamaram o garçom e pediram a presença do gerente. Após mostrarem o "prêmio" encontrado o gerente começou a pedir desculpas. Ele esclareceu que do peixe não poderia ser, pois este alimento ficava congelado, eliminando aí qualquer possibilidade de vida deste tipo, continuou explicando que as alfaces eram muito bem lavadas e cuidadosamente verificadas e alegou que o ser só poderia ter vindo de dentro de um tomate maduro. Até aí ele estava indo tão bem e acho até que poderia ter terminado assim, mas ele continuou falando e soltou a seguinte pérola: "eu já falei pro pessoal da cozinha, que os tomates mais maduros eles devem separar para o molho de tomate, que vai nas pizzas..." Pelo menos agora sabemos que as pizzas de lá já vem com proteína animal no molho!
Usar o nome da pasta onde meu avô, Hipólito Machado, arquivava os rascunhos do que ele escrevia, antes de virar livro, como título do blog, além de uma homenagem, é um lembrete (para mim) de que é possível escrever sobre qualquer coisa e, ao mesmo tempo, um indicativo (para ti) de que aqui vais encontrar os mais variados assuntos.
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
Brasília e seu "pitoresco" modo de atender...
Marcadores:
atendimento,
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táxi
Local:
Brasília - DF, Brasil
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